sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A era do ciborg


Aiden Kenny recebeu dois implantes cocleares quando tinha 10 meses de vida. Ela é uma das "pessoas do futuro", um grupo de gente cujas partes lesionadas do corpo estão sendo substituídas por dispositivos conectados ao sistema nervoso que reagem aos comandos emitidos pelo cérebro. Imagem e texto da National Geographic Brasil.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Tecnocracia brasileira

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Realizado basicamente a partir de pesquisas quando atuava no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (Cpdoc) da Fundação Getulio Vargas, no Rio, o trabalho [da cientista política Maria Celina D'Araujo] define as principais características da máquina pública federal: formada por pessoas altamente escolarizadas, com experiência profissional, na maioria proveniente do serviço público, com fortes vínculos com movimentos sociais, partidos políticos, especialmente o PT e sindicatos e centrais sindicais, principalmente a CUT.

Na análise de Maria Celina, os integrantes das carreiras públicas estão majoritariamente filiados a sindicatos e têm preferencialmente adotado o PT, "de forma que mesmo que o governo seja de outro partido, a máquina pública irá refletir essa tendência".

Esse "sindicalismo de classe média", onde predominam professores e bancários, tem sua base no funcionalismo público, fundamental para reativar o sindicalismo brasileiro a partir da redemocratização nos anos 1980, e está na origem do Partido dos Trabalhadores.
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Merval Pereira

O texto completo pode ser lido aqui e . A imagem é do filme Guia do Mochileiro da Galáxia.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Quando os esqueletos saem do armário

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O professor Francisco Carlos Teixeira, como historiador, considera que o fundamental para se expor a verdade é abrir os arquivos do regime militar, sem se importar com o fato de que esses arquivos, na maior parte das vezes, revelam-se "uma porcaria".

"São informações de segunda ou terceira pessoas, baseadas em fofocas, sem interesse histórico". Ele lembra o historiador Carlo Ginsburg, que escreveu o livro "O queijo e os vermes", sobre a Inquisição, que dizia que quem usar fontes da Inquisição vai acabar comprovando a existência de bruxas.
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Merval Pereira publicado em O Globo de 14.01.10 sobre a abertura de arquivos sigilosos de Estado. Para ler o texto completo, clique aqui.
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Se você quizer a comprovação do que diz o sr. professor, veja o testemunho abaixo.
Isso é o que acontece quando se mistura o celeste com o terreno...

Esqueletos secretos



Anistia não é esquecimento, mas perdão dos atos cometidos.


Volta e meia, surgem assombrações. Mas vale a pena assinalar que no Brasil elas voltam para pedir orações e cobrar dívidas, pois, entre nós, a morte mata mas os mortos não morrem.




Via Arquivo de Artigos Etc. Ilustração de Samuel Casal.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Só faltam 58...


Fred fez seus primeiros gols oficiais na temporada, tal qual um mestre de bateria de escola de samba, com profundo domínio da paradinha. O Flu não atravessou e venceu o Bangu por 3x0. Hoje tem mais?
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Não. Fred, por conta de uma contusão, não jogou - ficou paradinho. Mas, ainda sim, venceu o Voltaço por 1x0.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Por uma ética ciborg

O colunista do jornal O Globo Arnaldo Bloch entendeu que o filme Avatar, mais que uma pipoca épica, é um tratado sobre uma nova ética. Publicado na página móvel Logo.

Para mim, o buraco é mais embaixo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O show está começando!




O começo foi com o pé esquerdo... e paradinha.
Imagem, do Blog do Torcedor.

Salve, Sebastião!

Em homenagem ao padroeiro, uma sequência de imagens de mudanças da cidade que só o santo deve ter testemunhado. Ao final, está lá, tranquila em um canto, a catedral que leva seu nome.







terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Deu na Bravo!


Livro Pierre Mendell Cartazes e Revista Boca 2,
em lançamento na Livraria Pop, em SP.


Depois de Greta, Sophia e Catherine, Penélope, aqui.


Grafite no MASP, aqui.

 
Abraham Palatnik - Em Movimento,
exposição em SP, aqui.


Nirvana no Festival de Reading -
O Auge de um Deus do Rock, aqui.

Via Bravo!. Para matar saudades no Nirvana, abaixo.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Estupendoman strikes again!


O grande herói de 2009 está de volta, e promete 60 gols na temporada. Cuidado que o Fred vai te pegar...
Esse é o homem com espírito de escorpião que voltara, depois de toda a crise física e psicológica que viveu, para liderar a grande arrancada salvadora tricolor.
Para recomeçar o ano, relembro o relato, angustiado, que troquei platonicamente com o blog do Juca Kfouri durante aquilo que parecia ser, para mim, o fim dos tempos. Abaixo, está o diário de um torcedor apaixonado que vai do desengano ao júbilo em três meses.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Ídolos de pedra

Estava mais uma vez peregrinando pelo Estádio das Laranjeiras, caminhando pelo gramado, pensando sobre o passado. Espalhadas pelo campo, imagens de bronze pareciam ganhar vida. Castilho pronto para saltar na captura de mais uma pelota; Welfare, dentro da área, pronto para decidir mais um match. Ao redor deles, cada um com sua bola, convidados estáticos desfilavam elegância, destreza e paixão, ídolos como Heleno, Barbosa ou Dida. Homens que construíram um mundo imaginário que tornava-se real a cada conversa entre pai e filho, reunião de botequim e lição de moral de veteranos para infantes. Antes de partir, um café observado pelos vitrais franceses lembrava-me do ideal olímpico, do espírito de amor pelo que se faz, do respeito pela coletividade, do desafio sobre o corpo e mente. Ao partir, caminhando pela alameda dos bustos de tantos outros com quem meus antepassados dividiram alegrias e tristesas, senti a responsabilidade de um legado que deveria passar adiante, para uma nova geração que carregará meu nome e minhas cores.
O devaneio acima foi provocado pela onda de homenagens a ídolos, recentes ou nem tanto, ligados ao futebol. A estátua do Zico parecia óbvia, como se ela sempre estivesse ali, e agora nos apercebemos dela. Reverenciar João Saldanha é reconhecer a grandiosidade do futebol, de que ele é feito de muito mais coisas do que uma bola rolando. Por último, a homenagem a Gighia foi, pelo menos para mim, uma forma enviezada de reconhecer o respeito merecido pelo talento dos outros e, principalmente, superar o trauma e reconhecer o feito de uma geração, vice-campeã mundial.
Mas algo já me cutucava em celebrações como essas, e continuam me incomodando. Os monumentos de material resistente, rígido, capaz de superar intempéries, são grandes âncoras para a memória de um povo, e por isso sua importância. Todos eles vão ultrapassar nossas existências, com alguma facilidade. O registro estará lá, no futuro, gravado na pedra. Mas algo escapa, algo que vai além da recordação de quem foi, onde esteve, o que fez. Falta a emoção. Para os grandes mestres que foram, mereciam mestres como eles para expor todo o sentimento que provocaram, toda a superação e habilidade que impunham aos seus corpos, todos os cânticos de louvor que provocaram em uma massa que, quanto mais o tempo passa, mais ama esse esporte.
Para ver a tira completa, Depósito do Calvin.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ídolos de barro


A primeira década do terceiro milênio, montada sobre uma ampla rede midiática, trazia a impressão que o exagero levaria ao estrelato. Living fast, dying... never. De Britney Spears e Lindsey Lohan a Ronaldo e Adriano, pipocavam por todos os lados exemplos de gente que, quanto mais bobagem fazia, mais admiração conseguia. O grande rei da extravagância, Michael Jackson, morreu e, ao que parece, virou deus. Assim, tome candidatos esdrúxulos a celebridade em reality shows, como assistentes de palco ou videomakers de Youtube. No apagar da década, Tiger Woods, um dos maiores fenômenos de sua geração, mostrou que, pelo menos no caso dele, o buraco é mais embaixo. Além do prejuízo próprio, com o cancelamento de seus patrocínios, prejuízo a outros. "O escândalo pode ter custado às empresas patrocinadoras do maior golfista do mundo entre 5 bilhões e 12 bilhões de dólares em perdas", como postado no UOL Notícias, ou queda de audiência dos torneios de golfe, que chegara a quase 50% quando afastara-se por oito meses no ano passado. Naquele momento, o percentual de queda das taxas publicitárias dos torneios sofreram um índice de redução parecido, causando apreensão entre os organizadores dos campeonatos com o que poderá acontecer, como foi noticiado em O Globo de 06.01.10. Mesmo que ainda chame todos os olhares em sua direção e ocupe um grande espaço na mídia, como a capa da Vanity Fair, por exemplo, Tiger Woods está provando o gosto amargo de que, mesmo no mundo da fantasia midiática, alguns atos podem gerar, no mínimo, imenso desconforto.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O símbolo de uma década


Começamos a década com jovens rapazes insistindo em exibi-las. Em pouco tempo, encontrávamos calças arriadas em vários lugares. Passamos a ser obrigados a ver pedacinhos expostos aqui, outro ali. Tomou conta da televisão, dos shoppings, das escolas. Como não sou frequentador de Igreja, não sei se a moda já chegou à missa. Tornara-se, rapidamente, a marca de uma geração. No transcorrer do período, descobrimos que era também instrumento de poder, chegando a ser destaque no noticiário sobre os acordos políticos desenvolvidos pela situação. Há pouco mais de um ano, descobrimos que fortalecia a imagem dos atletas-celebridades, alguns ganhando mais destaque pelo seu uso do que pelo que faziam como esportistas. Agora virou arma terrorista! Pelo visto, enquanto o mercado busca novos produtos para atender as novas demandas, algumas até bem nojentas, no campo da segurança gera artigos preocupados e, de minha parte, uma sugestão: em lugares como aeroportos e Congressos, detectores de cueca. Qualquer um que esteja portando uma, passa a ser suspeito de tentativa de crime.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Qual é o sentido da morte?


The numbers kept coming up in the daily reports. Five here, fourteen there, one day after another. And then the growing figure mounting over a thousand. Peripherally it was ever-present, but still only an abstraction. It was no longer enough to know how many. I needed to see pictures of them, to familiarize myself just a tiny bit more with what was happening far from my warm home. And it really isn’t much. It too is a mere summary, just one more step beyond bare numbers.

Emily Prince

As vítimas de ontem são os vitoriosos de hoje. Elas não se envergonham de mostrar a cara e manter viva a memória nacional, ao contrário dos torturadores, que trafegam pelas sombras e insistem em negar o que fizeram.

Frei Betto

A anistia pode ser mais ou menos justa, mas não é a justiça seu caráter marcante. É a paz.

Paulo Brossard

Pode-se perguntar se [a] constante atualização da história é bênção ou maldição. Não seria melhor ter um país como o nosso, em que algumas décadas passadas já viram história morta?

José Murilo de Carvalho



Emily Prince sobre os mortos americanos no Afeganistão, assunto de sua obra apresentada na imagem acima, citada em Bitaites. Frei Betto, citado por Demétrio Magnoli em 07.01.10 e Paulo Brossard em 09.01.10, sobre o Programa Nacional dos Direitos Humanos de Lula; José Murilo de Carvalho em 09.01.10, sobre rivalidades espanholas, os três últimos em O Globo. Magnoli pode ser encontrado aqui.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Vida e morte



O republicano Clint Eastwood fará 80 anos. Durante a década de 1990, dirigiu e estrelou filmes como Coração de Caçador (90), Os Imperdoáveis (92) e Um Mundo Perfeito (93), quando reviveu, já na maturidade, o cowboy que foi no início da carreira, sempre de arma em punho, pronto a resolver sozinho os desafios que a vida lhe impunha. O justiceiro marginal, sempre deslocado num mundo estranho que nem sempre entende sua ética. Clint, como um dia já foi John Wayne, é a cara de uma América self made, individualista, independente, guerreira, e a arma é seu instrumento, que garante sua autonomia e impõe a sua vontade.
Hoje, já com as costas curvadas, Clint ainda é um homem ativo, mas assume a sua decadência. O mundo ao seu redor não é o mesmo, e ele está muito distante do vigor da juventude. Se um dia foi um toureiro na arena, espada em punho para, elegante e só, enfrentar os infortúnios, hoje é o touro a ser enfrentado.
Assim é em seu último filme Gran Torino, onde um ex-combatente e seu Ford 1972 vivem em um bairro decadente de uma América decadente. Walt Kowalski, depois de muitos anos morando na mesma casa, está sem os antigos vizinhos, viúvo, distante dos filhos. Só,  não entende os jovens, não entende sua família, não entende seu país. Ou pelo menos o que aconteceu com ele e com seus antigos valores.
Mas Walt reconhece seus demônios e, aos poucos, percebe que o acontece a sua volta é, em parte, consequência deles. Ou dos demônios da América. O homem, que ainda se sente destemido, sangra, e seus males precisam ser exorcizados. A purificação só vem com o sacrifício. Para o bem de Walt, ou de uma nova América, o Touro precisa ser martirizado.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Judas será enforcado?

Já sabemos quem é o mártir (que, aliás, foi enforcado).  Qual será o fim do traidor?

Para quem está perdido, receita-se o vídeo abaixo. Legendado, mas de qualidade inferior, aqui. Via Amorita.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Memória suburbana

Se Maomé não vai a montanha...


Encontro do time do Madureira com Che Guevara em 1963. Para quem não acredita, boletim do Instituto Virtual do Esporte da CEME sobre matéria de O Globo, e comentários sobre a foto de capa da revista Recorde.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Positivistas anabolizados

Os positivistas devem estar se revirando em seus túmulos. O ícone do espírito científico do século XIX, o sr. Holmes, chegou ao século XXI cheio de músculos e cartilagens. A aventura já fora bem dosada no cinema com o espírito jovem do detetive no "Enigma da Pirâmide" e o fantástico já vencera o racional do covarde detetive de "A lenda do cavaleiro sem cabeça". Agora a violência e o erotismo são o centro das atenções. Bem a cara de uma época. Parece que HAL despencou do espaço e seus destroços se transformaram em tacapes de hooligans anabolizados. Ou algo parecido.
A página oficial de Sherlock Holmes encontra-se aqui.

Young Sherlock

O covarde detetive de Tim Burton


Para matar a saudade do HAL

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Relatório dissonante


Sabia que tem gente que não acredita no Big Bang? Se não acredita, clique para ver. Para mais Big Bang, consultar o sr. Marcelo Gleiser, ou aqui embaixo.




Teorias, teorias...

Para versão completa, dê uma olhada aqui.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Profetas de futuros pretéritos

Quando desembarcar em Paris, não esqueça de alugar o seu Demoiselle. Pelo menos é o que previa uma coleção de gravuras da Biblioteca Nacional da França de 1910 para o século XXI. Veja outras expectativas no Pilórdia.

sábado, 2 de janeiro de 2010

O fotógrafo de Hitler


O Globo deste sábado publicou matéria sobre Hugo Jaeger, fotógrafo que acompanhou Hitler entre 1936 e 1943 e registrou a devoção do povo alemão pelo Führer. As fotografias foram vendidas para a revista Life na década de 1960 e publicadas apenas em junho de 2009. O acervo não só preserva a memória de uma época como exemplifica as estratégias de criação da imagem de um líder carismático. Veja o arquivo da Life aqui.
O texto chama a atenção para o fato de que, já na época, Jaeger produzia material colorido, primeiramente as fotografias e posteriormente filmes, neste caso usando tecnologia pioneira de empresas como a Kodak ou a alemã Agfa, empresa que pertencia ao grupo responsável pela produção do gás utilizado no campo de concentração de Auschwitz, aquele mesmo do qual foi furtado o letreiro do portão de acesso de dizeres tão inspiradores, O Trabalho Liberta.


Se o trabalho liberta, o roubo termina em prisão. Pelo menos na Polônia... Desejo muita liberdade a todos em 2010. Imagens de Auschwitz antes e depois do furto via Reuters.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Agora vai! (ou não?)


De Angeli.

Há 100 anos...


Ilustração publicada pela Saturday Evening Post, revista semanal norte-americana editada entre 1821 e 1969 que sempre apresentava em sua capa uma imagem referente à passagem de ano. Como ilustrador da publicação destacou-se o artista Norman Rockwell, que trabalhou na revista por mais de quatro décadas. Dados retirados da Wikipédia.