domingo, 18 de novembro de 2012

1984-2012


Em 1984 estávamos em três no Maracanã para assistirmos ao título brasileiro. Meu pai, naquela época, era mais novo do que sou hoje. É a última lembrança que tenho de estarmos todos juntos. O Natal daquele ano foi o mais triste que já tive. 
Passados 28 anos, vejo os corredores de um shopping suburbano colorido como em festa natalina. Localizado a poucos quilômetros do Engenho de Dentro, os espaços são tomados de verde, branco e grená. Gente de tudo que é idade, nas mais diversas formações - sozinhos, grupos de mesmo sexo, famílias - embelezam o domingo como poucas vezes se viu. A poucos metros dali, minha filha brinca e me aguarda. Não faço parte desse desfile elegante, não levarei minha pequena ao estádio, não ando mais na formação de três. Em breve, me despedirei dela e estarei a mais de 40 quilômetros de distância, de novo junto ao velho, onde celebraremos, sem corridas pelo corredor ou gritos intermináveis, o esperado tetracampeonato.
O Natal desse ano promete.

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