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O que acontece quando se juntam 16 mil processadores,
fazendo um bilhão de conexões, numa das maiores redes neurais já desenvolvidas,
e se dá a esse “cérebro eletrônico” a possibilidade de fazer o que quiser? Ele
sonha com a conquista do mundo? Com a idéia de Deus? Com Gisele Bundchen? Que
nada: como eu, você e todo mundo, ele começa a procurar vídeos de gatos na
internet.
Essa curiosa experiência foi divulgada na semana passada
pelo Google, que criou a rede no seu secretíssimo laboratório X. O “cérebro”
foi alimentado por dez milhões de imagens randômicas, totalizando algo em torno
de 20 mil objetos, sem qualquer espécie de instrução ou catalogação. O objetivo
é que possa vir a identificar padrões que não tenham necessariamente tags, para
agilizar sistemas de busca. Por exemplo, ele poderá identificar rostos sem que
eles tenham sido rotulados.
“Durante o treinamento, nós nunca dissemos: ‘isso é um
gato’” — disse Jeff Dean, da equipe do Google, ao “New York Times” – “A rede
inventou sozinha o conceito de gato”.
Como seria de se imaginar, a notícia causou alvoroço na
rede, onde a presença dos gatos é lendária. Seu efeito colateral foi aumentar
ainda mais a presença dos bichanos online, já que a maioria dos blogueiros e
jornalistas de tecnologia que repercutiu a notícia aproveitou para ilustra-la
com fotos de seus próprios bichinhos de estimação.
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Cora Ronai
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Cada cérebro sonha com o gato que lhe convém. Se uns sonham com o Will Smith, outros sonham com a Julie Newmar. Obviamente, referências ao
Eu, Robô e ao
Batman. Trecho to texto da Cora publicado
aqui.
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