segunda-feira, 28 de maio de 2012

Os homens que não amavam as mulheres

Em uma semana tão feminina, não sei exatamente o que pensar. Entre os sussurros de Bergman e os gritos de Luc Besson, acompanhados de todas as irmãs de Allen e Yimou, sobrevive um universo reprimido, violentado. Woody Allen, com sua Nova Iorque cosmopolita ainda apresenta uma possibilidade de independência e autonomia, mas um cisco ficou - todo o medo passou? Toda brutalidade masculina se esvaneceu na civilização pós-industrial? Se em algum lugar esses medos ainda moram, e a tensão entre o espaço que a mulher pode ocupar e a violência que nele pode ocorrer ainda existirem, eles estão como fantasmas. Se reproduzem na calada da noite, e se alimentam de desejos e frustrações que, se de todo parecem masculinas, são irrigadas pelo gosto da violência tão presente em todos os sexos.

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