sábado, 28 de abril de 2012

Que os pecados dos pais recaiam sobre os filhos



Quando a morte, o fracasso ou mesmo a solidão chega, resta a dúvida se conseguimos o que tanto queríamos. Na incansável busca pelo graal, iludimos a mente com ficções cheias de vícios e desejos vagos. Repletos de tanto conhecimento pueril, demoramos a entender o que realmente interessa, passando o tempo sem conseguir botar as coisas no seu devido lugar, de tal jeito que, quando mais importar, percebemos que não temos onde enfiar todo o amor que temos para dar.
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Em Magnólia, Paul Thomas Anderson sintetiza, em uma pequena cena, o grande questionamento de Kubrick - na minha pequena e limitada interpretação. Em 2001, um futuro que já é passado, Stanley apresenta a ubiquidade da busca pelo conhecimento que, depois de uma longa jornada, espelha-se na vida que foi vivida e que deixa, como grande mistério, o próprio poder de gerar outras vidas. Paul, em poucos minutos, apresenta o pai moribundo que percebe que, de tudo que deixa, o que realmente importa é o filho que abandonara, e que no presente repete os erros do pai, como um mestre que ergue um monumento ao pênis, como um monólito em praça pública. Para Paul, o que fica é que, de tudo que é possível, o amor é o que nos une, e seu grande desafio - como em tantas outras questões da vida - é ter a sabedoria de decidir o que perdoar.
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Como última dica, para outras simbologias, Claudia Perrota.

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